Tapas, aperitivos, pinchos, montaditos, raciones, medias raciones y otras menudencias.

142 respuestas
    #57
    Panconjamon
    en respuesta a Francescf

    Re: Tapas, aperitivos, pinchos, montaditos, raciones,medias raciones y otras menudencias.

    Ver mensaje de Francescf

    Si es que ya te lo dije !!
    no tenias que haber abierto aquel tetra-brik de Don Simón hace un par de años !!
    ahora ya no hay quien te quite el enganche

    #58
    Francescf
    en respuesta a Panconjamon

    Re: Tapas, aperitivos, pinchos, montaditos, raciones,medias raciones y otras menudencias.

    Ver mensaje de Panconjamon

    El chateau Cartôn ha estado siempre prohibido en casa de mis padres y en la mía so pena de excomunión y escarnio público. Se acepta el Clos Atlanta entre horas... pero sin pasarse ;-)

    Tampoco se aceptan la tortilla de patatas precocinada ni el jamón "serrano" so pena de lapidación pública :-D

    Las patatas congeladas conllevan una pena de colgar por los catapli... de la antena de la TV del edificio a quien ose comprarlas o servirlas.

    Si es que se nota que en casa semos mu brutos ;-P

    Menjar per pensar, pensar per menjar.

    #59
    Panconjamon
    en respuesta a Francescf

    Re: Tapas, aperitivos, pinchos, montaditos, raciones,medias raciones y otras menudencias.

    Ver mensaje de Francescf

    Bienvenido a la República Independiente de tu Casa !
    Saludos al cielo de tu boca !
    Estoy de acuerdo con todo excepto con lo de las patatas congeladas.
    Son supercómodas para improvisar una comida en cualquier momento,aunque me excomulguen los sibaritas del foro.
    A quedadas.ea

    #61
    Panconjamon
    en respuesta a ramico

    Re: Tapas, aperitivos, pinchos, montaditos, raciones,medias raciones y otras menudencias.

    Ver mensaje de ramico

    Sabía yo que a tí,precisamente a tí no te iba a gustar.
    Mac Cain: "las golden long son un pequeño paso para el hombre y un gran paso para la humanidad"

    #62
    Francescf
    en respuesta a Panconjamon

    Re: Tapas, aperitivos, pinchos, montaditos, raciones,medias raciones y otras menudencias.

    Ver mensaje de Panconjamon

    Feliz tú, que te comerás la mayoría de guarniciones sin acordarte de los familiares y amigos del cocinero. Y saborerás las bravas sin recordar tiempos -y lugares- mejores. Personalmente, y con todo el respecto para Ronald MacDonald y el tal Mac Cain ¿?, me repatea que me sirvan patatas prefritas. Algunas me saben a queso... ¿Será paranoia?

    Menjar per pensar, pensar per menjar.

    #63
    ramico
    en respuesta a Panconjamon

    Re: Tapas, aperitivos, pinchos, montaditos, raciones,medias raciones y otras menudencias.

    Ver mensaje de Panconjamon

    Soy muy previsible y siempre mantengo una linea, lo se. Pero es que lo de las patatas congeladas me ha dado grima.

    De ahi a alucinar con unas barritas de merluza pescanova ahi un paso, y el que avisa no es traidor:))))

    #64
    Alternativa

    Re: Tapas, aperitivos, pinchos, montaditos, raciones, medias raciones y otras menudencias.

    Volviendo al tema que nos ocupa. En otro hilo (https://www.verema.com/foros/gastronomia/temas/552818-olores-y-sabores-que-por-sencillos-estan-casi-olvidados-?page=3#respuesta_553230) ya confesé mis debilidades por los "Bolinhos de feijão". Hoy quiero rescatar un bellísimo relato al respecto (lo siento porque está en portugués, pero es así como tiene gracia) sobre mi "media ración favorita" del oro lado del atlántico. Incluyo pequeño "diccionario" para hacerlo más entendible...

    Bolinho de feijão
    Paulo Mendes Campos

    Uma vez, ao sair de um labirinto burocrático, psiquicamente entorpecido, reparei que eram onze horas de manhã limpa e amena. Suspirei para a mulher que estava ao meu lado: Que pena!

    Que pena, sim, pois é bem ridículo renascer às onze horas de manhã limpa e amena, e não existir um só antro na cidade, no qual uma alma leve possa comer um bolinho de feijão! É uma das contradições da civilização! Intolerável que uma cidade devore oceanos de peixes, rebanhos de bifes, enxurradas de cereais e hortaliças, sem poder ofertar ao consumidor um pratinho de bolinhos de feijão. Fazenda minhas as palavras sombrias de um russo, no banho de luz da Praça Marechal Âncora, ameacei a humanidade: Mundo louco, feliz em tua loucura, o teu despertar será terrível!

    Mas a mulher que andava ao meu lado era gringa, e perguntou-me: What is a bolinho de feijão?

    Well... um bolinho de feijão! Um bolinho de feijão é feito de feijão-fradinho. Parece com acarajé, mas não é bem acarajé. Um bolinho de feijão é uma coisa que você come muito na infância, e mais ainda na adolescência, quando descobre a cerveja, e depois fica a procurar, em vão, por todos os cantos do mundo. Um bolinho de feijão, às vezes é a joie de vivre, para mim ele é le temp retrouvé, e era o que a Gioconda queria quando sorriu. Um bolinho de feijão é quase o que os germanos chamam de Gesamtkunstwerk, uma perfeita e orgânica obra de arte. Um bolinho de feijão é o maná (o quente) que este céu agora nos promete, mas não encontraremos jamais.

    Mudando de rota (em Leblonema não há bolinho de feijão), cruzamos a praça, caímos à esquerda em General Justo, e comprei duas passagens no Aeroporto Santos Dummont.

    Em Belo Horizonte – expliquei em voz baixa para a minha alienada – ainda há bolinhos de feijão. Não tanto quanto no meu tempo, é claro, pois a era dos enlatados corrompeu as paciências culinárias. Mas há! Sei de um bar na Rua da Bahia – o Ignacio’s - que, neste mesmo instante, está a frigir bolinhos de feijão da melhor qualidade. Daqui a uma hora e de vôo e vinte e cinco minutos de táxi, eu te apresentarei, mulher, ao bolinho de feijão.

    Dei bom-dia ao bom proprietário e escolhi o melhor lugar. Expliquei a boa técnica para a companheira: a gente não deve ir chegando e pedindo logo um prato de bolinhos de feijão. Não. Deve tomar um ar de quem não quer nada, mas de quem pode subitamente ter uma idéia fabulosa. Como se os bolinhos nem existissem, pedir o melhor uísque escocês, para apanhar a boa boca. Ir bebendo com tranqüilidade, falando de coisas sem importância, para distrair a idéia. Depois, no momento de pedir o segundo uísque...

    Foi o que fizemos. Falamos sobre as guerras da Ásia e outras trivialidades, bebericando devagar, com aquele gosto das esperanças certas. Acendi um cigarrinho e chamei o garçom:

    - O senhor agora, por favor, vai trazer mais dois uísques e um pratinho com aqueles bolinhos de feijão...

    - O doutor vai desculpar, mas o bolinho de feijão está em falta.

    Como Franz Kafka, não entendi mais nada. Passar duas horas numa repartição pública, descobrir de repente na luz da manhã que Deus existe, o avião existe, o bolinho de feijão existe... E o bolinho de feijão estava em falta! Meu primeiro ódio foi lingüístico, contra aquela expressão idiota: nada do que a gente quer devia estar em falta. Em seguida, com a fleuma dos arruinados, perguntei ao rapaz:

    - Por que o bolinho de feijão está em falta?

    - Porque a cozinheira, que sabia fazer bolinho de feijão, partiu de faca na mão pra cima dum garçom, de faca na mão; o patrão mandou ela embora.

    - Mas, meu amigo, não faz sentido: se a cozinheira, que sabe fazer bolinho de feijão, partiu de faca na mão pra cima do garçom, que não sabe fazer bolinho de feijão, quem devia ir embora é o garçom...

    - Mas acontece, doutor, que a cozinheira não tinha razão.

    - Meu caro, o bolinho de feijão tem razões que a própria razão desconhece... A prova disso é esta: acabamos de chegar do Rio de Janeiro para comer bolinho de feijão. Não é só isso: esta senhora nasceu na Europa para conhecer um dia o bolinho de feijão de Minas Gerais... Vê se quebra o galho, meu chapa.

    O Inácio veio falar comigo e repeti para ele minha estupefação, no caso da cozinheira, e minha indeclinável urgência em comer alguns bolinhos de feijão. O homem comoveu-se, mandou um menino percorrer os botequins da capital. Aguardamos em silêncio.

    Meia hora depois, três bolinhos de feijão, murchos e frios como as graças fanadas na véspera, eram colocados na mesa. Ela comeu um; eu comi outro; dividimos o último irmãmente. E voltamos para o Leblon.

    (in Os bares morrem numa quarta-feira, São Paulo: Ática, 1980, pp. 118-120)

    a) Leblonema : apodo cariñoso que los cariocas dan a la playa de Leblón (esta es la buena, la " chic"; Copacabana e Ipanema son para turistas)

    b) Acarajé : El Acarajé es un plato típico tradicional de la cocina de Bahía en Brasil. Su origen es cocina africana y es una especie de croqueta elaborado con una masa de judías carillas (feijão fradinho) y camarones todo ello frito en aceite de palma servido en una salsa de pimienta, vatapá e caruru. El alimento está muy relacionado con las tradiciones religiosas afrobrasileñas: Candomblé. ( Wikipedia dixit)

    c) bebericando devagar: algo parecido a "beber despacio", tranquilamente. Pero en brasileiro solo se digiere escuchando samba....

    d) doutor : Doctor. Dícese de la expresión sudamericana que atribuye méritos a cualquiera que, aparentemente, haya superado el bachillerato elemental (a los doctores de verdad nos cuesta un poquito más ser reconocidos, especialmente si de mujeres se trata...)

    e) a gente: la expresión más genuina de la complicidad lingüística brasilera con su propia idiosincrasia filosófica...Otra forma de decir "yo", pero con el matiz de diluirse en los otros. A ver como te explico... "a gente" é um mesmo. Eu sou “a gente". Você é "a gente". Tudo o mundo é "a gente"... O único que não é a gente e ninguém... Si lo tradujera un “rojillo” diría: el pueblo es uno mismo. Yo soy el pueblo. Tú eres el pueblo. Toda la gente es el pueblo. El único que no es el pueblo es nadie... Personalmente me gusta más ser "gente" que " pueblo", pero en fin...

    f) partiu de faca na mão pra cima dum garçom, de faca na mão; o patrão mandou ela embora. Literalmente: se fue con el cuchillo en la mano encima de un camarero, de cuchillo en la mano; el patrón la despidió

    g) Vê se quebra o galho, meu chapa. No literalmente: Mira a ver si encuentras solución, mi compadre. Literalmente: Mira a ver si se quiebra el gallo, gilipuertas...

    h) butequins: “farmacias” (obviamente en sentido figurado). Dícese de los bares más populares cariocas, frecuentemente visitados también por cucarachas… (Eso sí, se encuentra de todo!).

    i) murxos: mustio, alicaído, sin ninguna gracia

    A disfrutarlo...

Cookies en verema.com

Utilizamos cookies propias y de terceros con finalidades analíticas y para mostrarte publicidad relacionada con tus preferencias a partir de tus hábitos de navegación y tu perfil. Puedes configurar o rechazar las cookies haciendo click en “Configuración de cookies”. También puedes aceptar todas las cookies pulsando el botón “Aceptar”. Para más información puedes visitar nuestra Ver política de cookies.

Aceptar